Assim deveria ser o quotidiano
Por que é tão difícil comentar a respeito do que deixa em nós a sensação de alegria? É apanágio dos seres humanos a memória seletiva, seleção estranha esta, pois tende ao sofrimento. Parece que fazemos das horas mais felizes sinônimos para fugacidade. O tempo é grande aliado. As horas passam muito devagar quando algo nos incomoda.
Lembro-me de que quando era criança chorava muito e reclamava com minha mãe por me sentir sozinha. Num desses dias, em especial, recebi a visita de Aryanne, uma amiga. Parece que ela adivinhou. Veio sorrindo me convidar para brincar. Só eu sei como isso me deixou feliz.
Assim como receber uma visita quando se precisa, diversas atitudes podem ser consideradas: receber um sorriso ou um abraço sinceros, um bom-dia que seja; aquele dia livre em que podemos nos dar o luxo de ficar horas lendo,desenhando, escrevendo, ou seja, realizando qualquer tarefa que proporcione prazer; ou um dia em que fazemos algo em família a fim de estreitar laços; doamos um pouco do nosso tempo ao outro, ajudamos alguém e ao colocarmos a cabeça no travesseiro pensamos no curso do dia, satisfeitos; flores e bombons que recebemos sem esperar; comer algodão doce e lembrar da infância...
Esses momentos devem se tornar marcas eternas para que a caminhada permaneça menos árdua. Acredito que o tempo pode desestruturar a maioria das coisas, mas há sempre aquelas intocáveis, que nem o tempo, a distância ou a morte podem ir contra elas, pois estas transcendem os limites da vida.
Por Stella
Professora Karen Correa
Outros links:
Crônicas - Crônicas do Cotidiano - Lucas
Crônicas - Nas pequenas coisas - Evelly
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Crônicas - Assim deveria ser o quotidiano - Stella
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