O menino do tempo
Como num sonho feliz
De acordar dormindo
Sem voltar para cá
As imagens soltas
vão evoluindo
Umas sobre as outras
Num bailado livre
Colorindo de luz
Um caminho de amores
Numa réstia luminosa
Despencada ao espaço
Procuro-me absorto
Extasiado e escasso
Procurando o meu norte
Ainda sem sorte
Sou levado na esteira
De experiência insular
Meio querendo ir
E tentando acordar.
Mas, qual espanto o meu
Que devera ser triste
E assim me alegrar
E não gozar de estesia
De tamanho sem par
Extravasando alegria
Onde a noite era dia
E o menino do tempo
Perdido no espaço
Querendo apenas sonhar.
São Fidélis 07out08
Edson Penha
Publicado no Recanto das Letras em 15/10/2008
Código do texto: T1230279
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