segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O Pirulito Gigante

(Foto de Priscila e seu irmão Pedro).
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Começava um dia de aula normal no Colégio Estadual 10 de Maio. A aula mais temida pelos alunos da turma 501 era a aula de Português. Aula com ninguém mais ninguém menos que Neuza Badaró, era o terror de todos. Ela tinha várias qualidades: inteligente, interessada em dar aulas; gostava do que fazia, via-se que tinha nascido pra coisa, tudo o que identifica uma boa professora. Porém, existia um problema: era muito – muito mesmo – brava.Nessa mesma turma, havia uma garotinha bem abusada, Priscila. Ela e uma amiguinha de infância (Larissa) eram as que mais davam trabalho em matéria de conversa. Logo se via que teriam problemas com D. Neuza.A professora mandava todos jogarem fora qualquer bala, pirulito, o que fosse. Era mesmo uma chata! Mas nesse dia, Priscila inventou de comprar um pirulito gigante - daqueles da Chiquinha – e levar para dentro de sala. Entusiasmada com a idéia de que chegasse logo o recreio para mostrar o tal pirulito ás amigas, não agüentou. E mesmo sentada ao lado direito da mesa da professora, discretamente abriu a mochila e deu aquela mordida! No mesmo instante, a professora olhou zangada e disse com aquela voz bem estridente: - Eu não acredito no que estou vendo!Ao invés de ficar quieta, a abusadinha, teve a “cara dura” de oferecer o pirulito à professora. Notava-se o rosto de D. Neuza pegar fogo de raiva.Naquele instante, a turma parou! Todos ficaram quietos a observar com os olhos bem arregalados e um riso incontido. Foi aquela bronca de deixar qualquer um triste pelo resto da semana. Sem contar as risadinhas. Mas o pior ainda estava por vir: a sala do Sr. Everaldo! Era o homem mais assustador, voz firme e uma autoridade de arrasar: um verdadeiro carrasco. Era hora de mais uma bronca, porém a dele não era só bronca, era uma ameaça, daquelas de deixar trauma para o resto da vida. Quem entrava em sua sala, saía no mínimo borrado.E uma mordidinha só num pirulito, rendeu um bilhete pra mãe ir à escola e uma semana de castigo.História vivida por Priscila da Silva Rodrigues, que hoje estuda com Sr. Everaldo na turma 1201. E mais, a mãe dela levou-a várias vezes, naquele mesmo ano, para visitar D. Neuza. Sua mãe a admirava, pois sabia a pestinha que tinha em casa.
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Por Priscila da Silva Rodrigues e Jacqueline Mello.

(Texto escrito em 2005, a pedido da professora Elizabeth Vitória durante projeto literário em comemoração aos 75 anos do Colégio Estadual 10 de Maio).


Um comentário:

Pedro Rodriguez disse...

oi Beth
Bacana esse texto!
Parabéns pela sua atitude/iniciativa!

Essa história sempre é relembrada aquei em casa... Foi realemente vivida por minha irmã! Coisas - lendas - que só que estdou/estuda no 10 de maio consegue viver... Isso sem contar com a grande amizade que hoje temos com a Neuza.

Paz e Bem!
Pedro Rodriguez