Reinauguração da Biblioteca Municipal de Itaperuna

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" Um país se faz com homens e livros"- Monteiro Lobato
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O caminho das Palavras... ( Por Margareth de Oliveira Costa)

Meus livros de historinhas eram poucos, mas cada vez que os remexia, os explorava, os lia, encontrava um mundo novo, único...meu mundo infantil que nascia em cada página, em cada expressão e fala de seus personagens.
"Os Três Fradinhos" era o meu favorito. Os freizinhos que distribuíam comidas e remédios em seus burricos. "Os Três Porquinhos" com suas diferentes construções corriam desesperadamente do terrível Lobo. "Chapeuzinho Vermelho" naquele perigoso passeio pela floresta, seu amor pela avó e o temido encontro com o Lobo Mau. O "Livro do Zoológico" que mostrava várias espécies de animais que só ali existiam com suas diferenças e belezas singulares. Meus livros...minhas histórias que marcaram minha infância, meu gosto pela leitura e, principalmente, contribuíram para a descoberta e percepção de reais valores e virtuosas atitudes.
Estas historinhas precursaram meu amor pelos livros...seus romances, acontecimentos, personagens, poesias, lugares descritos, encontros, e finais emocionantes. Tudo isto encontrei na Biblioteca Municipal de minha cidade. Sala grande repleta de entusiasmo e paixão, tábua negra corrida...o silêncio dos que sonham, se transportam, pairava no ar; assim como podia sentir as almas felizes de todos aqueles autores. Apenas o barulho do rio lá fora. Assim, passava as tardes livres a escolher o que deliciar minha alma de menina-moça.
Minha mãe me mostrou o caminho das palavras. Minha irmã o reforçou. Líamos juntas nossas primeiras historinhas, íamos juntas à Biblioteca descobrir o que não sabíamos, mas que já vivia dentro de nós. O prazer em desvendar nossos mistérios nas palavras de todas as obras lidas. As palavras. Contei as minhas e várias outras historinhas aos meus sobrinhos e alunos do pré-escolar. Vi histórias na vida se repetirem e outras... serem esquecidas. Porém, verdadeiras mesmo, são aquelas que fazemos de nossas vidas.
Ainda guardo os meus únicos livros infantis; as coleções que comprei com o meu primeiro salário no estado, para contar em sala-de-aula e para os meus sobrinhos; vejo minha mãe lendo tudo que passa à sua frente; sinto o mesmo frescor do rio de minha cidade; hoje minha irmã é Diretora Cultural da Prefeitura de Itaperuna, responsável pela nossa Biblioteca e eu...aqui escrevendo um pouco de minha história de leitora.

Um abraço. Margareth

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