quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Curupira - Peça Infantil no SESI, dia 14/11/2009 - Itaperuna



O espetáculo Curupira, escrito por Roger Mello, um dos mais talentosos e premiados autores e ilustradores de sua geração, situa o seu enredo em uma mata fechada, do interior de Minas Gerais, numa noite de lua cheia, no momento em que dois irmãos estão na companhia de estranhos personagens da região: o Velho da Mata, a Velha da Embolada, a Mariposinha e de gritos e assovios, que prenunciam a presença de um curupira pelas redondezas. Diz a lenda que Curupira faz caçador se perder na mata em dia de sexta-feira!!! Um assobio aqui, outro mais adiante e quando se vê... não tem mais jeito. Não tem mais volta. É assim o Curupira: protetor de um lado, assustador do outro. Meio bicho, meio gente, meio assombração – se é que pode haver três meios.

Devido a este sucesso Curupira foi convidado para participar do Projeto Itinerância, idealizado por Cláudio Vasconcelos, diretor do CCBB, que tinha como objetivo levar os melhores projetos apresentados no Centro do Rio para diversas cidades do Brasil. Graças a este projeto o espetáculo foi visto nas cidades de Juiz de Fora, Belo Horizonte, Brasília e Florianópolis, onde participou do Festival Nacional de Teatro Isnard Azevedo, sendo indicado para três prêmios: melhor ator, melhor iluminação e melhor figurino. E venceu o prêmio de melhor figurino.

O espetáculo Curupira concorreu a seis Prêmios Mambembe/1995, nas categorias de melhor autor, diretor, ator, figurino, categoria especial e cinco melhores do ano. Nestes 14 anos de sucesso, o espetáculo já percorreu diversas cidades do Brasil, com a impressionante marca de 227 sessões, para um público estimado em 75.000 espectadores em todo o Brasil.

O espetáculo tem a sua escrita cênica baseada em estudos aprofundados da Cia Boto-Vermelho nas teorias do encenador alemão Bertolt Brecht: a quebra da quarta parede, o distanciamento épico, o teatro social e didático, a utilização de uma cenografia utilitária – que se utiliza apenas de objetos essenciais para a construção da cena teatral e da dramaturgia e a iluminação como uma personagem que vai desenhando os caminhos da mata.

A dramaturgia de Roger Mello nos dá uma construção de texto que vai desvendando aos poucos os mistérios deste ser mitológico e nos proporciona um final surpreendente onde podemos perceber a junção de um grande quebra-cabeça que nos é apresentado peça a peça durante o espetáculo. A trilha sonora de todo o espetáculo é composta de intervenções musicais e de músicas inéditas do maestro Villa-Lobos, além da execução ao vivo de flauta doce pela atriz e cantora Priscila Paraíso, que também canta, à capela, músicas populares. A concepção cenográfica é composta de folhas secas cobrindo todo o espaço cênico, e a mata é toda criada através de uma refinada arquitetura de luz que desenha o interior da mata e seus diversos caminhos. É uma cenografia clara, limpa e que vai se desenvolvendo aos poucos diante dos olhos dos espectadores. Os figurinos são alegorias que preenchem os espaços e determinam a origem de cada um dos personagens.


Ingressos no SESI:
Curupira, sábado, dia 14 de novembro, às 17h: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia – Clientes SESI Clube, Terceira Idade e Estudantes)

Realização: Circuito Cultural SESI-RJ - Sistema FIRJAN
Apoio: Faculdade Redentor, Estilo Off, Hotel Caiçara

Mais informações: 3811-9200


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