terça-feira, 3 de março de 2009

A Árvore que produz poesia



Projeto da Professora Sueli do Carmo/ Turma 704/ Ano 2007



Quem passa pela Avenida Cardoso Moreira certamente já deve ter se deparado com uma árvore que chama a atenção não pela sua beleza ou por sua grandiosidade, mas pelo seu fruto. Trata-se de um fruto diferente de qualquer outro já visto, algo raríssimo. É um fruto que nos faz refletir e nos impulsiona também a pequenos gestos. Ele pode tomar mais doce a vida daqueles que param para admirá-lo.

Esse fruto pode ser saboreado por aqueles que passam em frente à casa do senhor Renauld Boechat, um vizinho do Colégio Estadual 10 de Maio, que brinda à cidade de Itaperuna com suas poesias. Ao contrário de outros frutos, esse alimenta nossa alma.

Quem nunca teve curiosidade de, ao passar pela avenida, desacelerar o passo só para ler 0 que está escrito naquelas plaquinhas que ficam penduradas na árvore da casa do senhor Renauld? Quem nunca deixou escapulir um sorriso ao ler suas rimas que retratam diferentes situações cotidianas? Quem nunca ficou na expectativa de saber quais seriam os versos que estariam pendurados, quando uma plaquinha sai para dar lugar a outra?

Este é, sem sombra de dúvida, um exemplo que deveria ser seguido. Por que não plantarmos tambem arvores que dêem poesias? Quem sabe se nós também as escrevêssemos ependurássemos nos troncos das árvores, nas janelas das nossas casas, nas paredes e corredores das escolas ou quem sabe se as recitássemos em praça pública, nossa famílias, nossas escolas e nossas crianças se tomassem mais sensíveis?



Enquanto meditamos sobre esta possibilidade, segue mais um delicioso fruto colhido na árvore do senhor Renauld Boechat:


"Nossa vida - sem crendice,
No amor - sublime virtude...
- usufruto da velhice,
Do tesouro da juventude!
1944- nós dois - 2005"
(Renauld Boechat)

"Dez de Maio: 0 Dez de Maio para mim é um templo"
(Frase dita pelo senhor Renauld)

Projeto da Professora Sueli do Carmo/ Turma 704/ Ano 2007
Artigo Publicado no Jornal do C.E. 10 de Maio/ nº02/ Ano II

Com o sentimento de perda
De quando chega o amanhecer
A estrela vai embora...
Fica na mente para nunca esquecer!

Marco Antonio Mattos Rezende

Apesar de sua partida, seus escritos iluminarão a mente daqueles que souberem saborear do fruto da sabedoria, que da semente germinada sentir-se-ão grandes como as árvores.

Beth Vitória
Homenagem póstuma de Outra Revista
para Renauld Boechat,
nascido em 13 de agosto de 1918
e falecido em 28 de fevereiro de 2009.
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