Belisa Ribeiro estréia na TV Band, dia 24 de julho o programa Caminhos da Cultura que irá ao ar todos os domingos das 8h às 8h30m. Com o objetivo de divulgar e preservar a identidade cultural do Estado do Rio de Janeiro, a jornalista realizou vinte e um vídeos-documentários sobre manifestações culturais em cidades do interior, descobrindo verdadeiros tesouros e personagens incríveis. No programa, além dos vídeos, entrevistas de estúdio e a agenda cultural dos municípios.
O programa terá seu próprio site:
E receberá contribuições de telespectadores, como vídeos, fotos e sugestões de entrevistados e reportagens.
Na estréia, Caminhos da Cultura tem como gancho o Festival do Vale do Café e como tema a cidade de Vassouras. Com música instrumental e erudita nas fazendas coloniais, nas igrejas e nas praças, o evento já levou aos municípios da região do entorno do Rio Paraíba do Sul mais de meio milhão de turistas em suas oito edições anuais, sempre no inverno. No programa terá destaque à reportagem sobre manifestações culturais surgidas da herança dos escravos – jongo, capoeira, maculelê – e danças tradicionais portuguesas preservadas pelas comunidades de pequenos distritos e levadas às ruas, no Cortejo das Tradições. Até o carro de boi vira atração, servindo como abre alas dos desfiles. No estúdio, Belisa receberá para uma apresentação um grupo de jovens saxofonistas do PIM – Programa de Integração pela Música – Ponto de Cultura eleito pelo Ministério da Cultura, com sede em Vassouras.
Um dos elementos do cenário de Caminhos da Cultura será um espantalho, em homenagem à cultura dos produtores rurais. Os telespectadores e visitantes do site vão escolher o nome do boneco, realizado pelo Atelier Rabisco, do professor João dos Santos, especialista em cultura popular.
Alguns temas:
Vassouras – A cidade é símbolo da fartura do Ciclo do Café e pouca gente tem a dimensão da quantidade e da beleza das fazendas coloniais, preservadas e abertas à visitação - verdadeiros palacetes incrustados na Mata Atlântica. O vídeo documentário releva que mais de 200 propriedades já fazem parte do inventário do Vale do Paraíba Fluminense que lista suas características arquitetônicas, geográficas e históricas e mostra o dia a dia dos herdeiros dos barões do século XVIII que decidiram morar, em pleno século XXI, dentro de verdadeiros museus.
Paty do Alferes - Famosa pela produção de tomate, a cidade de características eminentemente rurais também surpreende com flores – as de palha de milho são feitas por artesãs camponesas que conseguiram mudar de vida a partir da venda de seus produtos até para fora do Brasil. E as bromélias. São centenas de milhares, cultivadas durante o ano todo, em uma das maiores produções do país. As flores são estrelas de uma exposição anual que já existe há 10 anos e faz Paty, no início da Primavera, receber um número de visitantes igual ao de sua população – 25 mil pessoas.
Miguel Pereira - Famosa pela excelência do clima, a cidade com menos de 30 mil habitantes, ainda cativa pela tranquilidade do interior, mas surpreende pelo teatro de vanguarda. O centro Popular de Conspiração Gargarullo, fundado por um grupo de autores e atores amadores, leva ao palco o médico de família e o advogado conhecidos de todos como atores em peças de autores clássicos como Tchecov ou Arthur Azevedo. E causa polêmica ao colocar o dono da única livraria da cidade de cueca dentro de uma gaiola em peça experimental. Reconhecido pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro como Ponto de Cultura, o CPC atrai parceiros até da Inglaterra e está mudando a vida cultural de Miguel Pereira.
Mendes - Ainda é possível caminhar por ladeiras calçadas com pedras tipo pé de moleque, colocadas por escravos no século 19, nesta cidade que se especializou em música. Todo domingo tem Chorinho na praça e esta tradição deu origem ao evento regional Café Cachaça e Chorinho, que já reúne anualmente mais de 10 municípios do Vale do Paraíba, atraindo milhares de turistas. O vídeo mostra ainda que as crianças foram “contaminadas”. Mendes ganhou recentemente uma filial do PIM – projeto Integração pela Música – com disputa pelas vagas para aprender instrumentos como violino. E tocar em concertos, sim, mas também na praça.
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