terça-feira, 15 de novembro de 2016

João Cabral - Companhia De Teatro Íntimo- No SESI Itaperuna

      


         Apesar de estar sempre em contato com o meu inconsciente, nestes últimos dias praticamente tomou conta da minha consciência, pois a arte faz isso com a gente. No dia 29 de setembro com “Estamira”, no teatro SESI Itaperuna, no dia 20 de outubro, com “Nise” da Silveira, no Psicocine da Fundação São José e ainda em outubro, dia 22, volto ao SESI com “João Cabral”, que tão deliciosamente emergido pela  “Companhia de Teatro Íntimo” dentro da revolução do teatro quebrando a quarta parede, onde não existe a separação palco/plateia, como no indivíduo a separação de id, ego e superego, que os artistas relacionam com o público intimando sua participação para que se dê um espetáculo único refletido na complexidade da peça e do indivíduo.

        Não importa para aonde você vá levará  em sua bagagem as vivências que teve e não importa quando você voltar não será o mesmo, pois terá trazido o que viveu lá. Mesmo que você não pense, mas seus sentidos estarão sempre alerta no paladar, no toque, no perfume ou no som fazendo sua mente bailar num sapateado cigano trazendo paisagens do inconsciente, sente-se o perfume,  as nuances das formas, a sensualidade agressiva do vermelho que faz a boca secar, tudo isso marcado pela musicalidade do sapateado compassado pelo coração que num súbito silêncio, do que achava já ter a tonalidade da morte, um grande efusivo “OLÉ”, grita dentro de si como um regozijo à vida! Talvez você não tenha visto assim ou verá, mas é aí que está a beleza “ da dor e a delícia de ser o que se é”. Esse show de encantamento me foi proporcionado pela atuação de atores da Companhia de Teatro Íntimo:  Gaby Haviaras, Márcio Mairante, Rafael Sieg e Renato Farias, que também é o Diretor da peça.


        Depois de toda essa magia os atores, num debate, afagos e fotos com o público, fazem esclarecimentos sobre a peça e a gente pode ver o quanto de maravilhoso é o espetáculo com um mesmo texto entra em contato com o inconsciente de diversas pessoas e também como a poesia abre um horizonte dentro da gente mostrando-nos o quanto é infinito nosso pensamento e nossas emoções, principalmente se deixarmos nossas portas abertas para que esses artistas, magos do íntimo, possam entrar e fazer revolução em nossa imaginação. 

Veja mais sobre a Companhia De Teatro Íntimo clicando neste link:  https://www.facebook.com/teatrointimo/?fref=ts  




quinta-feira, 3 de novembro de 2016

ESTAMIRA - Beira do Mundo no SESI Itaperuna, em setembro de 2016

     







   A arte. Ah! A arte! O que seríamos  sem esses encontros com a gente mesmo, o que faríamos sem os encantamentos  “D’EstaMira”? Então... Ela é assim um bailado com aquilo que está fora da gente, mas que num “destempo”, você se percebe aquilo que está vendo, e outras vezes nota-se aquilo que nem imaginaria ou até mesmo aquilo que não queria ser.

       A peça “Estamira - Beira do Mundo” é um espetáculo bem acabado com dureza da realidade, a docilidade da poesia e a inocência da brincadeira. Contudo,  há duas vertentes em que se deve ater: na adaptação do documentário “Estamira” de Marcos Prado e o intertexto da vivência da própria atriz com sua mãe.


       No final, um debate esclarecedor sobre a peça; fiquei impressionado por um comentário, feito por mim, de ter visto bordados com vidrilhos, que só pude perceber depois, que eles não existiam realmente, pois eram efeitos de meu envolvimento com a peça e com a blusa da personagem debaixo da camiseta, visto somente depois nas fotos.